quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Transtorno do Défice de Atenção com Hiperactividade





                                                  O que é o TDAH?

   O Transtorno do Défice de Atenção com Hiperactividade (TDAH) é um transtorno neuropsicológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Défice de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. 

                  Existe mesmo o TDAH?

      Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
      Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.

    
   Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?

  Não, nenhuma.
  Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito.
  Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não necessariamente as mesmas ideias sobre todos os aspectos de um transtorno.


Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?

   Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé ou mesmo falta consciência que estas crianças sofrem muito, muito mais com os preconceitos da nossa sociedade.  

   Algumas pessoas chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.

   No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico.

   Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas, “mas que para mim faz muito sentido”.

    Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, apresentaram em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais posso julgara veracidade.

   Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa consequências terríveis.


                    O TDAH é comum?

    Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados.
  
    Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado.

     Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

                  
     Quais são os sintomas de TDAH?
                     

   
     O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
    
         1) -Desatenção
         2) Hiperactividade impulsividade

    O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores.
  
    As crianças não conseguem parar quietas, não conseguem estar muito tempo “na cadeira da escola”, não conseguem estar muito tempo a fazer mesma coisa.
  
   Os meninos têm a ter mais sintomas de hiperactividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos.
  
    Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
    
    Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do quotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos).

    São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos.

   Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afecta os demais à sua volta.

    São frequentemente considerados “mal educados”. 
   Eles têm uma grande frequência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na
Prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação dos tons, da postura, da direccionalidade, da lateralidade e do ritmo.          
           
              Quais são as causas do TDAH?

  
   Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive em Portugal.
   Mestre em Desenvolvimento da Criança pela Faculdade de Motricidade
Humana/Universidade Técnica de Lisboa (Portugal).
   Docente do Curso de Educação Física do Unileste-MG. -Demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a factores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educa os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
   
   Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro.
  
    A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planeamento.
   
    O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (Que é de onde vêm as nossas emoções como insegurança, medo e ansiedade fazem parte do nosso coitidiano  e levam, silenciosamente, ao desequilíbrio bioquímico do Sistema Nervoso Central.que passam informação entre as células nervosas (neurónios).

            Coloque poções de Bom Humor no seu prato!

  Fontes de Triptofano: leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, carnes magras, peixes, nozes, banana, arroz, batata, feijão, lentilha, castanhas, abacate, soja e derivados.
  Fontes de Carboidratos: pães e cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, legumes, frutas e mel.

   Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões
                         
                         
                               A)-Hereditariedade:

 
   Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afectados com TDAH era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH.
  
    A prevalência da doença entre os parentes das crianças afectadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familiar).
   
   Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperactivo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes.
    
     Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familiar era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gémeos e com adoptados.
  
    Nos estudos com adoptados comparam-se pais biológicos e pais adoptivos de crianças afectadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais.
  
   Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adoptivos.
    
   
        B) Substâncias ingeridas na gravidez:
 
  
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebé, incluindo-se aí a região frontal orbital.
   
    Pesquisas indicam que mães alcoólicas têm mais possibilidades de terem filhos com problemas de hiperactividade e desatenção.
   
    É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes factores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.
               
                  C) Sofrimento fetal:
    Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais hipóteses de terem filhos com TDAH.
   
   A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto.
   
      Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.
    
               D) Exposição a chumbo:

     Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.
   Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH.


                        Se Compriendidas,são muito Felizes!
                  Vamos ájudalas,todos sem preconceitos...


                          E) Problemas Familiares:

   Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe,famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconómico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças.
  
    Estudos recentes têm refutado esta ideia.
   As dificuldades familiares podem ser mais consequência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
   Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.

   Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.
                        
                                               F) Outras Causas

    Outros factores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:

1.   Corante amarelo                  
2.   Apartasse
3.   Luz artificial
4.   Deficiência hormonal (principalmente da tiróide)
5.   Deficiências vitamínicas na dieta.

Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas.

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